sábado, 18 de fevereiro de 2012

Mais um... (Carnaval-BR 277)

Boa tarde galera,
Esse relato de hoje é bem especial pois é uma realização de algo que já vinha planejando a algum tempo. Não por ser esse trajeto ou data em específico, mas sim por fazer um pedal de um lugar a outro com intenção de passeio e que tivesse algo perto dos 100km (é sempre um número meio cabalístico esse). De fato eu não queria sair para o Carnaval sem fazer algo diferente, poderia ter pedalado todos os dias do feriadão se fosse possível. Mas bem...
A idéia surgiu depois de definir com a namorada onde passaríamos o carnaval, decidimos ir para a casa dela por facilidade de acesso a praias e tudo mais, local: Paranaguá! Pois bem primeiro me veio em mente fazer em dois dias um pedal saindo de Ponta Grossa com pouso em Curitiba e fechar a viagem, mas para isso teria de retornar de ônibus. Não que eu não goste deles, mas a dificuldade para compra de passagens me fez repensar. O definido então ficou, ir até Curitiba de carro na sexta, pousar lá, entregar o carro para o Flávio, primo da namorada que trouxe-o até Paranaguá, e eu viria pedalando. Agora era hora de informar os véio lá em casa, e confesso que ao ouvi-los chegou a bater um dúvida se deveria fazer mesmo o passeio.
A dúvida foi embora logo que conversei com o Aurélio, bolamos um esquema de segurança contra imprevistos que funcionou assim: eu sairia as 7, o Flávio as 8 e assim ele me alcançaria nas proximidades do pedágio, ai rolava uma analise feral do meu estado e reabastecimento no primeiro posto que aprecesse, ali o Flávio aguardaria mais 40 minutos depois que eu partisse para me encontrar novamente chegando em Paranaguá.
Foi difícil conseguir dormir, me programei para acordar as 6 para sair as 7, mas as 3:30 da madruga eu ainda estava de pé. Não foi difícil acordar cedo, a ansiedade era bem grande. Consegui sair as 7:30, um pouco atrasado, mas como não existia compromisso de horário, fui bem tranquilo.
O tempo bem fresco agradou muito e logo achei que o pneu estava um pouco murcho, parei em um posto e percebi que o adaptador do bico para bico fino tinha ficado na mochila que ficou no carro. Pensei em voltar, mas como o carro passaria por mim, achei que poderia ir andando e pedir para eles pararem me vissem. Assim, continuei....
Primeira parada: Velódromo de Curitiba, com uma pontinha do Jardim Botânico ao fundo. 


Pegando a estrada, logo no primeiro viaduto into a roda jogando. O medo de furar o pneu já veio logo em mente, mas como não desceu, parei e vi que era apenas falta de aperto na blocagem. Voltei a pedalar e a média estava na casa de 35km/h, muito mais do que eu esperava. Em poucos minutos avistei um grupo de 3 ciclistas de estrada que estavam com um ritmo muito bom, apertei um pouco o passo e me juntei a eles por quase meia hora, recebi vários conselhos e andar na roda do grupo me poupou bastante força. Acabei sobrando em uma subida e não os acompanhei mais, muito embora tenha visto eles fazendo a volta e todos gritando: "Vai com cuidado". Antes do pedágio ainda pedalei por mais um tempo com um outro ciclista de estrada e logo parei para tomar água e ligar pro pessoal do carro para ter mais informações. Sem conseguir ligação, mandei mensagem e fiquei aguardando retorno enquanto pedalva.
As 9h cheguei ao pedágio e de lá liguei pro pessoal, ainda estavam em casa! Resolvi continuar descendo e já avisei eles que ao me passarem, parassem por conta do adaptador. Resolvido....era hora do sobe e desce antes da serra.

Parei pra conversar com um pessoal que descansava na beira da pista e de longe vi uma placa que chamou atenção, não que ela seja injusta ou imprópria, mas em uma rota frequentada por tantos ciclistas, as placas de respeito aos animais estão ali, mas um aviso sobre ciclistas na pista é inexistente desde Curitiba até Paranaguá.

Passadas os sobe e desce, que nem chegam a cansar, era hora de começar a descer. O caminho é muito bonito, mas a baia de Paranaguá infelizmente fica pro outro lado da pista e assim as fotos não transmitem a beleza geral do lugar, é possível ver somente o conteúdo de quem desce. O trânsito tinha vários pontos de lentidão o que fez com que, eu pelo acostamento, deixasse uma pancada de carros para trás.


Parei no meio da serra para comer paçoca e tomar uma coca, e repor um pouco das energias. A namorada ligou e disse que estava passando o pedágio.



Mas eu não quis ficar esperando, mesmo porque ia demorar um bocado. Montei na bike e continuei descendo.





Quando acabei a serra, a sensação de calor subiu muito, parei em um ponto de ônibus para poder tomar mais água e abrir a camisa, nesse momento me passaram com o carro, pararam uns 50m pra frente, parei, conversei um pouco e nem quis pegar o adaptador, faltavam só 15km pra chegar. Nesses 15km o trânsito estava bem lento e passei e fui passado pelo carro umas 5 vezes, para ser passado definitivo somente na saída para as praias, que não era nosso caminho.




Dali o fluxo de automóveis reduziu bastante e pouco tempo depois entrei em Paranaguá, faltavam só mais 10km pra chegar na casa da Namorada! E ali o pedal deixou de render pois o asfalto era muito, mas muito irregular.
No fim foram 96km de pedal com 3 horas exatas de pedal e média de 32km/h o tempo total foi de 4h e a média ficou em 24km/h.
O mapa segue anexo:


Rota de bicicleta 1417343 - powered by Bikemap 


Grande abraço e bom Carnaval a todos

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