segunda-feira, 6 de maio de 2013

Mais um...(Pedal Stark)

Boa noite,
Esse fim de semana o passeio foi mais casca grossa. Passado o feriado, fui buscar alguém com quem pedalar, e como diz o ditado....Quem procura...Acha!  
Encontrei uma parte do grupo ATTACK que iria fazer um pedal até um mosteiro, mas o nome do pedal era Turtle, achei que seria muito devagar, e uma distância curta, resolvi seguir com outra parte do grupo, e esses iriam fazer o pedal mais pesado. Conversei com o Stark pelo face, e ele só disse que o pedal era forte, entre 50 e 60km e pra região de Itaiacoca. Arrisquei e fui. Encontro as 13:30 na frente da reitoria, descemos de carro até o Passo do Pupo, Eu, Stark, Paulo, Everton e Vinícius. Já achei que era um grupo bom e já me preparava psicológicamente pra sofrer um bocado, já que esse pessoal esta pedalando com mais frequência do que eu.
Chegamos no Passo, arrumamos as bikes, e quase saindo, chegou o Cristian, esperamos de bom grado, ele arrumar a bike. Comprei umas bananas e umas paçocas na venda da Tia e prontos pra sair, encosta o carro do Salata! Reclamamos um pouco, apressamos ele mais um tanto e saímos sem ele estar pronto ainda. Nos arrastamos uma beirada, passamos pelo Facin (que devia ir pra outro canto) e logo o Salata nos acompanhou.
Como todo começo de pedal, estava tudo bem gostoso, girando sem fazer força, só curtindo. chegamos numa boa descida, e como foi bom deixar a full despencar na ladeira, deixei quase todo mundo pra trás, só não alcancei o Stark (e não acompanharia ele durante todo o pedal). O pedal estava seguindo o mesmo caminho do Campeonato Paranaense do ano passado (Leia aqui). Até que pegamos um pequeno desvio a esquerda. Esse desvio foi na verdade a última subida da corrida do ano passado, só que agora descendo. Muito pedra solta e umas curvas meio fechadas obrigaram a gente a prestar bastante atenção e impediram que a gente descesse com toda vontade.
A descida acabou e veio uma boa subida, fiz um pouco de força e subi, marcha levinha e bastante giro, zerei ela! E estava achando que estava bem. No fim da subida um bela vista, deu pra ver até o Morro do Canha lá no Abapan! Descemos mais um pouco andamos mais um tantinho e saímos de volta na principal, até aqui era o mesmo caminho das categorias iniciantes da corrida que eu tinha participado.
Na principal...uma subida longa foi dando um desanimo parecia que ela não ia acabar tão cedo, e mal sabia eu tudo que ainda ia passar. Chegamos numa bifurcação, eu conhecia aquele lugar, e pensando que a gente ia fazer o caminho até os riozinhos, no Recanto boa sorte, achei que ia pegar o caminho da esquerda e descer direto até o Recanto....doce ilusão. Pegamos a direita, andamos 200 metros e entramos no meio de uma mata, mal dava pra ver o caminho por onde tínhamos de passar, até que tudo começou a ficar bem liso, escorregava mesmo freando tudo, roda travada e a bike acelerando, até que eu avistei um tombo mais a frente! risadas de monte, lógico! De volta nas bikes, um barrando ensaboado nos esperava. Eu, sem técnica alguma, desci empurrando. Fizemos uma curva pra esquerda e começamos a fazer uma subida absurda, pedalar chegou a ficar fora de cogitação, de tão liso que era aquilo. depois de xingar muito o Stark (que deu a ideia de todo o trajeto) chegamos de volta na estrada principal à uns incríveis 200 metros de onde entramos na mata. 
Hora de seguir a estrada, até que ela foi sumindo e logo, estávamos no mato de novo. Passamos uma ponte super bem preparada...


Uma breve pausa pro pessoal preparar um pinhão. Sim! Pinhão! E não, eu não gosto de pinhão. Mas ver o pessoal juntando as grimpa e tacando fogo com os pinhão ali no meio, foi bem divertido.







Ai o povo se abasteceu, eu comi uma das bananas que tinha levado, um bom tanto d'água e voltamos pedalar. Mais um riozinho, só que sem ponte dessa vez.



E as subidas voltaram, com muito mato por cima do caminho eu me confundia com muita facilidade, sem contar que conseguir tração era um desafio. Nem pedalei muito e já comecei a empurrar de novo, meio frustrante, mas era o que eu conseguia fazer. 
Mais um pouco de subida e entramos num lugar mais seco, com muitos pinus plantados, era realmente gostoso o lugar, mas a subida era bem chata, mesmo pra empurrar. Quando cheguei no alto, o pessoal já estava esperando.


andamos mais 200m e voltamos pra estrada principal. Fizemos mais um downhill e paramos num butequinho pra tomar uma coca, encher as garrafas e caramunholas e comer alguma coisa. O Cristian marcou touca e quando viu...uma galinha tomou um biscoito da mão dele. Até pra galinha o cara estava perdendo. Parecia eu!



Aparentemente recuperados, descemos pro Recanto, mais uma boas descida. Seguimos pedalando margeando o rio, até parar pra pegar água numa bica (só quem não tinha pego no buteco) e ali saiu mais uma pérola do Cristian, mas por culpa do Salata e Stark que aproveitaram pra tirar sarro do moço. 

Do rio pra frente, eu achei que conhecia o caminho, mas fizemos um diferente. Eu já sabia que ia ter subida no caminho, mas não as que eu encontrei. Se antes tinha sido frustrante não conseguir pedalar, agora deu até orgulho de conseguir empurrar a bike até o próximo top e parar pra respirar um pouco.



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Essa foi sofrida de fazer, mesmo carregando a bike, era difícil respirar, difícil ficar de pé, difícil carregar a bike, tudo era difícil. Mas não era o fim do sofrimento, só uma pausa pra olhar o redor, porque já estava começando escurecer.



Depois dessa pausa, mais uma subida infinita, e durante essa subida foi ficando escuro, e antes de termos de ascender os faróis, a frase que marcou a subida "Tenho dó até desse cavalo que subiu por aqui" depois de ver a marca dos cascos na terra.
Não sei ao certo, mas creio que pra vencer essas duas subidas levamos quase 1 hora, talvez até um pouco mais. Quando terminamos, pausa pra comer algo, mais água e a curiosidade. Falta muito pro asfalto? E a tristeza de saber que faltava.
No escuro, só com a luz das lanternas, fomos seguindo, um sobe e desce bem cansativo, mais subindo que descendo, e as pernas foram minando as forças. e minando e as subidas não acabavam nunca. Eu já estava exausto, quando o Cristian emparelhou comigo, eu nem tive vergonha, desci e comecei empurrar a bike, ele pedalando e eu empurrando. Nessa altura, a frase mais ouvida no grupo, e não só dita por mim, era: "Stark!!!!! Te odeio!!!!!". Empurrei mais um tanto, e voltei pedalar. Quase não acreditei quando vi o asfalto na minha frente. Ali eu tinha tomado uma decisão, ia ficar esperando no Biscaia alguém subir até o Passo, pegar o carro e vir me buscar, porém quando encontramos o asfalto, era um pouco longe do Biscaia e no meio do nada. O jeito foi descansar o que deu pra tentar continuar. Deitei no asfalto, vi um céu lindo, repleto de estrelas, e juro que devo ter dado uma cochilada. 


Ai começamos a pedalar no asfalto, as pernas foram soltando, até que um susto acelerou um pouco mais o coração. Eu vinha pedalando na frente e a luz do pessoal de traz acabou projetando uma sombra de mim na minha frente, numa curva, acabei freando pra não perder o ponto, o pessoal que vinha atrás quase me carimbaram as costas. Só deu pra ouvir os pneus arrastando e ver eles passando do lado. Um belo susto!
Não passou muito do susto e comecei a sentir a bike mais pesada. Pneu furado! O único do dia, mas na pior hora possível. Desmontei a roda, coloquei câmara nova e comecei encher, o Salata foi ajudar e terminou de encher, quando foi retirar a bomba, o ogro arrancou junto a válvula da câmara.....que notícia gostosa! por sorte eu tinha levado mais uma câmara, desmontamos a roda de novo, colocamos a câmara nova e enchemos com mais cuidado possível. Deu certo!




Ai voltamos pro asfalto, as pernas soltaram bem, e fui andando legal. Nem parecia o cara que havia sofrido tanto na terra. O Stark e o Paulo sumiram na frente, eu fiquei no meio do caminho entre eles e o restante do grupo. Girando legal até que fui tomado de uma dor pouco comum nos genitais. Parei por períodos curtos por duas vezes e finalmente cheguei no Passo do Pupo. Acho que nunca fiquei tão feliz de ver aquela venda!
Tomamos mais uma coca e peguei carona de volta pro Campus.
O pessoal ainda combinou de sair comer, passei em casa, tomei banho, busquei a Amanda e fomos. E digo que foi pra fechar o dia com chave de ouro!
Segue o vídeo do pedal!



O mapa eu não consegui fazer com certeza o caminho, então fiz um aproximado.



O resultado final foi de 51km, 1 pneu furado, 1 câmara estragada, muita subida e cansaço. E mais diversão que tudo isso junto!

Grande abraço a todos!


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